segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A INVEJA

A inveja é um dos sentimentos mais difíceis de serem identificados e
reconhecidos. Ignoramos que não há ninguém que respire que seja tão bem resolvido na vida a ponto de nunca desejar, pelo menos um pouco, daquilo que se admira no outro. O sentimento da inveja é filho da admiração, o que não significa que não exista admiração sem inveja. Mas onde existir a inveja, com certeza, houve a admiração antes. A inveja, enquanto sentimento, não é boa nem má. É apenas o desejo de possuir ou ser o que o outro tem ou é. O que pode ser mau ou bom é o comportamento que adotarmos diante desse sentimento. Traçado o limite entre a admiração e a inveja, o que importa é cada um identificar no próprio coração qual é a reação que aflora e que poderá determinar seu comportamento.
Podemos reagir de três formas quando identificamos e aceitamos em nós mesmos o sentimento de inveja. A primeira forma é reconhecer que se quer o que o outro é ou tem, avaliando as possibilidades reais de ser ou possuir o que admiramos no próximo. Posso desejar ter um carro de luxo caro, mas quando faço as contas descubro que, com o salário que ganho, é impossível adquirir um. Diante disso, há quem abra mão de outras coisas, esforça-se mais e se sacrifique para conquistar aquele objetivo. Neste caso, o sentimento de inveja foi positivo: um estímulo para o uso dos próprios recursos no empenho de conseguir o que se deseja. A segunda reação é quando admiramos e desejamos o que outro tem, mas diante da impossibilidade de tê-lo passamos a desvalorizar e criticar aquilo que não temos condições de adquirir. No caso do carro, o invejoso diria: Este carro não presta. Consome muito combustível, sua manutenção é caríssima e ocupa muito espaço. Às vezes, esse tipo de comportamento até começa com um elogio, mas logo em seguida vem a crítica, o menosprezo. E a terceira maneira de reagir diante da inveja é quando, diante da impossibilidade de conseguir o que desejamos, adotamos um comportamento destrutivo em relação à pessoa e ou aos bens que são alvo dos nossos desejos. É o caso da pessoa, que muitas vezes, até sem perceber, assume uma postura de: Já que não posso ter, você também não terá. O lado bom da história é que podemos tirar proveito quando detectamos os sentimentos de inveja no nosso coração. Eles apontam para uma deficiência na capacidade de reconhecer o nosso próprio valor, o nosso potencial, e desenvolvê-lo de tal forma que se tornem uma fonte de contentamento e realização. Enquanto simplesmente invejamos o próximo, tiramos o foco do que somos e temos, e gastamos inutilmente uma energia que poderia ser canalizada para o desenvolvimento das nossas habilidades e talentos. Tentamos a todo custo ter a vida do outro. E nessa tentativa perdemos a oportunidade de sermos nós mesmos.
Um dos provérbios do rei Salomão já nos adverte que a inveja é a podridão dos ossos. A Bíblia tem também um bom exemplo disso. Quando o filho pródigo da parábola aquele que saiu de casa à revelia do pai e consumiu toda sua herança voltou para casa, ganhou um banquete de recepção. Seu irmão mais velho, que sempre ficou ao lado do pai, sentiu-se injustiçado afinal, embora tivesse permanecido sempre em casa, seguindo fielmente as ordens paternas, nunca tivera uma festa daquelas. A resposta do pai esclarece que o filho mais velho é que não sabia desfrutar do que tinha: Meu filho, tudo que é meu é seu. O que na realidade aconteceu foi que o irmão mais velho não conseguiu tomar posse do que tinha conquistado por direito. E este é o pior castigo para quem é dominado pelo sentimento de inveja ele não usa e nem desfruta do que tem por direito, e também não consegue festejar e se alegrar com o que o outro tem. E ainda coloca a culpa em terceiros. Não sabemos qual foi a resposta deste jovem para o pai. Seria muito bom se ele tivesse reconhecido que tinha inveja do presente dado ao irmão e dificuldade em usufruir o que já lhe pertencia. É claro que o pai desta parábola contada por Jesus representa Deus, que sempre nos acolhe e nos restaura diante de nosso arrependimento.
Não há duas pessoas iguais no mundo. Cada um tem personalidade e habilidades que são únicas, mas que esperam ser reconhecidas e desenvolvidas. O ideal seria que o jeito de ser de cada um, bem como suas habilidades, recebessem um olhar de aprovação desde o nascimento. É assim que aprendemos desde cedo a nos alegrar com o que somos. Mas nem sempre é isso que acontece. No desejo de agradar, deixamos de lado o que naturalmente somos e nos esforçamos para sermos iguais àqueles que são apontados como modelos, seja pelo que são ou pelo que têm. A solução, depois do estrago feito, é cada um se reencontrar no próprio espaço, onde possa ser ele mesmo, com todas suas características e talentos, tanto os natos como os aprendidos.
Sempre é possível resgatar quem de verdade se é. E esta é uma busca que o indivíduo deve fazer para dentro de si mesmo, para, a partir daí, se doar e ser um caminho de bondade e amor para com aqueles que vivem à sua volta. Assim, faremos para nós mesmos nossas próprias festas e teremos recursos para nos alegrarmos e celebrarmos a alegria dos outros.

Um grande abraço,
Nelson

terça-feira, 20 de julho de 2010

Quero ser feliz!

Quero ser feliz,
Por mais difícil que seja,
Pois, todo homem almeja,
Do sábio ao aprendiz.


Talvez seja ilusório,
Imaginar-se contente
Nesse mundo tão descrente,
Cruel e contraditório.


A felicidade buscada
Na luta do dia a dia,
Tem muito mais alegria
Do que esperar por nada.


--- Quero ser feliz !
Disse-me um amigo.
Talvez pareça castigo,
Mas, assim mesmo não ligo.
Pois, ele sabe o que diz.


Eu sou um ser inconstante,
Buscando felicidade.
É cruel a realidade
De se buscar tão distante,
Já que, dizendo a verdade,
Eu não fui longe o bastante.

O PASSE - Alguns esclarecimentos

1. Introdução:
Conforme encontramos em "A Gênese", item 17, "Os fluidos não possuem qualidades do seu próprio gênoro, mas as que adquirem no meio onde se elaboram; modificam-se pelos eflúvios desse meio, como o ar pelas exalações, a água pelos sais das camadas que atravessa. Conforme as circunstâncias, suas qualidades são, como as da água e do ar, temporárias ou permanentes, o que os torna muito especialmente apropriados à produção de tais ou tais efeitos..."
O Espírito André Luiz, informando sobre o passe, do ponto de vista da medicina humana, declara, em "Evolução em Dois Mundos", capítulo 15:
"Pelo passe magnético, no entanto, notadamente aquele que se baseia no divino manancial da prece, a vontade fortalecida no bem pode soerguer a vontade enfraquecida de outrem, para que essa vontade, novamente ajustada à confiança, magnetize naturalmente os milhões de agentes microscópicos a seu serviço, a fim de que o Estado Orgânico, nessa ou naquela contingência se recomponha para o equilíbrio indispensável".
Pouco antes, dissera ele que:
"Toda queda moral, nos seres responsáveis, opera certa lesão no hemisfério somático ou veiculo carnal, provocando determinada causa de sofrimento".
Retomando ao tema, no livro "Mecanismo da Mediunidade", observa ainda, esse mesmo autor espiritual, que "o passe é sempre valioso no tratamento devido aos enfermos de toda classe, desde as crianças tenras aos pacientes em posição avançada na experiência física, reconhecendo-se, no entanto, ser menos rico de resultados imediatos nos doentes adultos que se mostrem jungidos à inconsciência temporária, por desajustes complicados do cérebro. Esclarecemos, porém, que, em toda situação e em qualquer tempo, cabe ao médium passista buscar na prece o fio de ligação com os planos mais elevados da vida, porquanto, através da oração, contará com a presença sutil dos instrutores que atendem aos misteres da Providencia Divina, a lhe utilizarem os recursos para a extensão incessante do Eterno Bem."
Observamos que os textos aqui reproduzidos referem-se especificamente ao passe curador, aplicado em seres encarnados. Como sabemos, porém, o passe é utilizado para magnetizar, provocando, nesse caso, o desdobramento do perispírito, e até o acesso à memória integral e conseqüente conhecimento de vidas anteriores, segundo experiências de Albert de Rochas, reiteradas posteriormente por vários pesquisadores.
A literatura sobre o passe magnético é vasta, mesmo fora do âmbito estritamente doutrinário do Espiritismo, de vez que o magnetismo foi amplamente cultivado na Europa, no século passado, principalmente na França. (texto extraído do Livro Diálogo com as Sombras de Hermínio C. Miranda, págs. 246 e 247).
2. Objetivos do Passe:
1 – Conhecer, dominar e exercitar as técnicas adequadas de transmissão do passe, que devem basear-se na simplicidade, na discrição e na ética cristã.
2 – Associar corretamente as bases do fenômeno do passe com as unidades anteriores (concentração, prece e irradiação), para melhor sentir essa transfusão de energias fluídicas vitais (psíquicas) e/ou espirituais, através da imposição de mãos que facilite o fluxo e a transmissão dessas energias.
3 – Compreender as necessidades das condições de ambiente, local e recinto adequado e situações favoráveis ao exercício e aplicação do passe.
4 – Observar com rigor as condições morais, físicas e espirituais e de conhecimento doutrinário que o passista deve possuir, para desempenhar a atividade do passe com eficiência e seriedade.
5 – Verificar, com especial cuidado, a forma correta e simples da aplicação do passe, evitando o formalismo e as atitudes constrangedoras ou práticas esdrúxulas que fogem à discrição doutrinária gerando condicionamentos e interpretações errôneas de sua aplicação.
6 – Reconhecer e exercitar disciplinadamente a aplicação do passe, desapegado da mediunização ostensiva, evitando o aconselhamento ao paciente (que deve ser feito em trabalho especializado), ciente de que tal aplicação deve ser silenciosa, com unção cristã, associando ao máximo possível as suas energias às do mundo espiritual, para maior eficiência no socorro prestado (vide Livro "Nos Domínios da Mediunidade", Cap. 17).
7 – Reconhecer que é dispensável o contato físico na aplicação do passe, o qual pode gerar barreiras e constrangimento, atendendo à ética e à simplicidade doutrinarias, já que a energia que se transmite é de natureza fluídica e, portanto, se faz através das auras (passista-paciente) e não pelo contacto da epiderme, consoante se pode demonstrar atualmente por efeitos registrados em aparelhos (máquina Kirlian). Ocorre um fluxo de energias como uma ponte de ligação de forças passista-paciente.
8 – Conscientizar-se de que na tarefa de auxilio pelo passe o médium não deve expor-se, baseado apenas na boa vontade, mas sim se precaver a beneficio da própria eficiência do atendimento, observando as condições necessárias à sua aplicação (ambiente, local, sustentação, etc), procurando desempenhar sua função em Centro Espírita, evitando instituir atendimento em casa, exceto no Culto do Evangelho quando perceber sua necessidade ou atender alguém enfermo em sua residência em situação de emergência, tomando as precauções necessárias. Excepcionalmente, atender os necessitados que por motivos de doenças, idade avançada, acidentes, etc, não podem locomover-se até o Centro Espírita, tomando para isso as medidas de precauções necessárias para fazê-lo em equipe ou reunindo companheiros seguros que possam auxiliar em tal tarefa.
09 – Compreender e distinguir em que situações o resultado do passe pode ser benéfico, maléfico ou nulo, preparando-se convenientemente para torná-lo sempre benéfico. O Centro Espírita deve possuir serviço de passe em trabalho destinado ao publico com elucidação evangélico-doutrinária e orientação dos que buscam o passe quanto às atitudes que devem observar para melhor receberem os seus benefícios. A aplicação do passe deve ser feita em sala especial do Centro Espírita, atendendo as características de Câmara de Passe. (Extraído do Manual de Aplicação do COEM pgs. 99,100 e 101).
3. Passe – Forma de Aplicação
Antes de quaisquer considerações a respeito das formas de aplicação do passe, convém lembrar que o passista deve, em primeiro lugar, preparar-se convenientemente, através da elevação espiritual, por meio de preces, meditação, leituras adequadas, etc, em segundo lugar, deve encarar a transmissão do passe como um ato eminentemente fraternal, doando o que de melhor tenha em sentimentos e vibrações.
A transmissão do passe se faz pela vontade que dirige os fluídos para atingir os fins desejados. Daí, concluir-se que antes de quaisquer posições, movimentos ou aparatos exteriores, a disposição mental de quem aplica e de quem recebe o passe, é mais importante.
Deve-se, na transmissão do passe, evitar condicionamentos que se tornaram usuais, mas que unicamente desvirtuam a boa prática espírita.
Destacamos, a seguir, aquilo que o conhecimento de mecânica dos fluídos já nos fez concluir:
1) Não há necessidade do toque, de forma alguma ou a qualquer pretexto, no paciente, para que a transmissão do fluído ocorra. A transmissão se dá de aura para aura. O encostar de mãos em quem recebe o passe causa reações contrarias à boa recepção dos fluidos e, mesmo, cria situações embaraçosas que convém prevenir.
2) A imposição de mãos, como o fez Jesus, é o exemplo correto de transmitir o passe.
3) Os movimentos que gradativamente foram sendo incorporados à forma de aplicação do passe criaram verdadeiro folclore quanto a esta prática espírita, desfigurando a verdadeira técnica. Os passistas passaram a se preocupar mais com os movimentos que deveriam realizar do que com o dirigir seus pensamentos para movimentar os fluidos.
4) Não há posição convencionada para que o beneficiado deva postar-se para que haja a recepção dos fluídos (pernas descruzadas, mãos em concha voltadas para o alto, etc). O importante é a disposição mental para captar os fluidos que lhe são transmitidos e não a posição do corpo.
5) O médium passista transmite o fluido, sem a necessidade de incorporação de um espírito para realizar a tarefa. Daí decorre que o passe deve ser silencioso, discreto, sem o balbuciar de preces, a repetição de "chavões" ou orientações à guisa de palavras sacramentais.
6) O passe deve ser realizado em câmara para isso destinada, evitando-se o inconveniente de aplicá-lo em público, porque, além de perder em grande parte seu potencial pela vã curiosidade dos presentes e pela falta de harmonização do ambiente, foge também à ética e à discrição cristãs. A câmara de passes fica constantemente saturada de elementos fluídico-espirituais, permitindo um melhor atendimento aos necessitados e eliminando fatores de dispersão de fluídos que geralmente ocorre no "passe em público".
7) Devem-se evitar os condicionamentos desagradáveis, tais como: estalidos de dedos, palmas, esfregar as mãos, respiração ofegante, sopros, etc.
*Antigamente, quando se acreditava que o passe era simplesmente transmissão magnética, criaram-se certas crendices que o estudo da transmissão fluídica desfez, tais como: necessidade de darem-se as mãos para que a "corrente" se estabelecesse; alternância dos sexos para que o passe ocorresse; obrigação do passista de livrar-se de objetos metálicos para não "quebrar a corrente", etc.
9) Estamos mergulhados num "mar imenso de fluidos" e o médium, à medida que dá o passe, carrega-se automaticamente de fluidos salutares. Portanto, nada mais é que simples condicionamento a necessidade que certos médiuns passistas apresentam de receberem passes de outros médiuns ao final do trabalho, afirmando-se desvitalizados, não procede. Poderá haver cansaço físico, mas nunca desgaste fluídico, se o trabalho for bem orientado.
10) O passe deve ser dado em ambiente adequado, no Centro Espírita. Evitar o passe a domicílio para não favorecer o comodismo e o falso escrúpulo dos que não querem ser vistos numa casa espírita porque isso abalaria sua "posição social". Somente em casos de doença grave ou impossibilidade total de comparecimento ao Centro é que o passe deverá ser dado, "por uma pequena equipe", na residência do necessitado, enquanto perdurar o impedimento que o mantém sem condições de comparecer à Casa Espírita.
11) A transmissão do fluído deve ser feita de pessoa a pessoa, devendo-se evitar práticas esdrúxulas de dar-se passes em roupas, toalhas e objetos pertencentes ao paciente, bem como não há necessidade alguma de levar-se a sua fotografia para que seja atendido à distância.
12) Não existe um número padronizado de passes que o médium poderá dar, acima do qual ele estará prejudicando-se. A quantidade de passes transmitidos poderá levar o médium a um cansaço físico, mas, nunca à exaustão fluídica, se o trabalho for bem orientado, pois a reposição de fluidos se dá automaticamente à medida que o médium vai atendendo os que penetram a câmara de passes.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

O que é ISLAMISMO?

RESPOSTA:
Sabe-se que Islamismo é a religião pregada (ou fundada) pelo Profeta Maomé, nascido no ano 571 D.C. em Makkah (MECA), na península arábica, e cujo Livro Sagrado é o ALCORÃO.
Esta breve definição, embora razoável, não é, entretanto, completa! Porque Islam é muito mais! E antes de discorrermos, queremos dizer que: ISLAMISMO, ISLAM, ISLÃ, ISLÃO, RELIGIÃO MUÇULMANA, todos estes termos querem dizer - e significam - a mesma coisa. Igualmente os adjetivos: muçulmano, islâmico, islamítico, islamita, todos eles têm o mesmo significado.
Nós, vamos adotar, neste breve relato, o seguinte:
- ISLAM ou ISLAMISMO, o substantivo que designa a religião muçulmana.
- MUÇULMANO, o adjetivo que qualifica o seguidor do islamismo (muçulmana no feminino).
- ISLÂMICO (ISLÂMICA) como adjetivo para designar coisas como: livro islâmico, país islâmico, terra islâmica, etc...
O Alcorão -que se constitui na base primeira desta religião, é considerado por seus seguidores, a Palavra de Deus - ao consultá-lo sobre o significado (e o conceito) - do ISLAM, ficamos extraordinariamente admirados quanto à extensão, à abrangência e o ecumenismo do mesmo. Repetimos: ninguém poderá conhecer verdadeiramente o ISLAM, sem conhecer o Alcorão. Na Surata 3, versículo 64, Deus diz:
"Dize (ó Muhammad): Ó adeptos do Livro, vinde para uma palavra comum entre nós e vós, que não adoremos (tanto nós quanto vós) senão a Deus, e nada associemos a Ele, e que não tomemos uns aos outros por senhores (em vez de Deus). Em caso de recusarem, dizei: Testificai que somos muçulmanos."
Alcorão 3:64 9
Eis, portanto, a amplitude e a abrangência do ISLAMISMO, que é a união de todas as mensagens divinas na fé no mesmo Deus único e Uno, e na dedicação da adoração e dos cultos a ELE como ÚNICO SENHOR.
Isto é ISLAMISMO!
Em outro versículo Corânico, o 67 da Surata 3, explicita o conceito prático do ISLAM:
"Quem teria melhor religião do que aquele que entrega seu rosto (rumo) a Deus, e é sempre caridoso, e segue a crença monoteísta de Abraão? Deus elegeu a Abraão para ser seu íntimo amigo."
Alcorão 3:67 10
---Foi chamado (Abraão) amigo de Deus.--
Tiago 2:23
Vemos, claramente, que ISLAMISMO e RELIGIÃO são sinônimos no Alcorão Sagrado, e sua base é a fé em Deus único e Uno, que orienta o crente no islam para ser caridoso e caminhar rumo a Deus!
Islamismo, então, é: Fé em Deus Uno + Caridade + Caminhar (pela vida) rumo a Deus.
Outra surpresa admirável que nos revelou a leitura do Sagrado Alcorão, foi o termo ISLAMISMO designando todas as manifestações religiosas anteriores a Maomé (Muhammad S.A.A.W.S.) Exemplos:
1o - Noé foi muçulmano, conforme o diz o Alcorão:
"Se recusardes (meu apêlo à fé, diz Noé), não vos pedirei nenhuma recompensa, porque a espero somente de Deus, e fui ordenado ser-Lhe muçulmano."
Alcorão 10:72 11
2o - Abraão foi muçulmano, de acordo com o Alcorão:
"Abraão não era judeu nem cristão, e sim monoteísta muçulmano."
Alcorão 3:67 12
3o - Moisés, também, foi muçulmano, de acordo com o Alcorão:
"Moisés falou-lhes: Ó povo meu, se acreditastes realmente em Deus, ponde vossa confiança n'Ele, se sois muçulmanos."
Alcorão 10:84 13
4o - E, finalmente, os discípulos de Jesus, Filho de Maria, também eram muçulmanos, de acordo com o que o Alcorão registra:
"Quando Jesus pressentiu a incredulidade deles (dos israelitas), indagou: Quem me apóia em Deus? Os discípulos disseram-lhe: Nós somos teus apoiadores em Deus, cremos em Deus; testifique tu que somos muçulmanos."
Alcorão 3:5214.
O Sagrado Alcorão registra, igualmente, que todos os profetas eram muçulmanos: 10:71,72 / 2:130,131,132 / 27:44 / 5:44 / 3:52,53 / 5:111 12:128 22:78 / 31:22.
E seguindo na nossa leitura do Alcorão Sagrado, mais e mais surpresas fomos encontrando, como a que designa: LIVRO DE DEUS, todas as revelações recebidas pelos Enviados de Deus. Exemplos:
"Enviamos (Deus quem enviou) Nossos Apóstolos com os esclarecimentos, e lhes revelamos o Livro e a Balança... E enviamos, também, Noé e Abraão, e fizemos com que a Profecia e o Livro estejam confiados à descendência de ambos..."
Alcorão 57:25,26 15
Assim, vemos que Deus chama de: LIVRO, todas as Mensagens que ELE revelou aos Profetas-Apóstolos, e mais especificamente: Deus iguala o Alcorão - que o designa como Livro - à Torá e ao Evangelho.
"Deus revelou a ti (ó Muhammad) o Livro (Alcorão) pela verdade, confirmando a Revelação existente, e (Deus) revelou a Torá e o Evangelho, anteriormente, para guiarem os homens. E Deus revelou o Discernimento."
Alcorão 3:3,4 16
Portanto, na Religião Muçulmana, a RELIGIOSIDADE é uma manifestação ÚNICA revelada pelo mesmo e único Deus, em diferentes épocas, a homens ESPECIAIS chamados de: Profetas-Apóstolos (ou Mensageiros de Deus, ou Enviados de Deus), para guiarem os homens no caminho certo que os leva ao verdadeiro Deus-Criador. Esses Enviados de Deus pregaram sempre as mesmas verdades eternas que Deus lhes revelou:
"Prescreveu -vos (Deus prescreveu) como religião, o mesmo que recomendou a Noé e o que revelamos a ti (ó Muhammad) e o que recomendamos a Abraão, e a Moisés e a Jesus. (Recomendamos a todos) Que instituísses a religião e não vos dividisses nela. Os idólatras ressentiram-se sobre o que vós os convoqueis para ele."
Alcorão 42:1317
Indica este versículo que TUDO que Deus preceituou para os muçulmanos é, no geral, o mesmo que foi preceituado aos Profetas: Que estabeleçam a religião do Deus único e Uno. Deste modo, sente o muçulmano que é a continuação desses homens excelsos, e no caminho deles pauta, e está, portanto, inserido nessa caravana abençoada por Deus, desde o alvorecer da história humana. Igualmente indica, este versículo corânico, que a paz profunda deve imperar entre todos aqueles que acreditam na religião única de Deus. Pois se o que Deus preceituou - como religião - para os seguidores de Maomé (Muhammad S.A.A.W.S.) é o mesmo que Deus preceituou para Noé, Abraão, Moisés, Jesus e outros.

terça-feira, 25 de maio de 2010

O que é AGNOSTICISMO?

Pergunta: "O que é agnosticismo?"
Resposta: Agnosticismo é a crença de que a existência de Deus é impossível de ser conhecida ou provada. A palavra “agnóstico” significa essencialmente “sem conhecimento”. Agnosticismo é uma forma mais intelectualmente honesta do ateísmo. O ateísmo afirma que Deus não existe – uma posição que não pode ser provada. O agnosticismo argumenta que a existência de Deus não pode ser provada ou deixar de ser provada – que é impossível saber se Deus existe. Neste conceito, o agnosticismo está certo. A existência de Deus não pode ser provada ou deixar de ser provada empiricamente.
A Bíblia nos diz que nós devemos aceitar por fé que Deus existe. Hebreus 11:6 diz: “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam”. Deus é espírito (João 4:24), então ele não pode ser visto ou tocado. A menos que Deus decida revelar a Si próprio, Ele é essencialmente invisível aos nossos sentidos (Romanos 1:20). A Bíblia ensina que a existência de Deus pode ser claramente vista no universo (Salmos 19:1-4), percebida na natureza (Romanos 1:18-22) e confirmada nos nossos próprios corações (Eclesiastes 3:11).
O agnosticimo é essencialmente a falta de vontade de tomar uma decisão a favor ou contra a existência de Deus. É a posição mais “em cima do muro” que existe. Teístas acreditam que Deus existe. Ateus acreditam que Deus não existe. Agnósticos acreditam que nós não deveríamos acreditar ou desacreditar na existência de Deus – porque é impossível conhecê-la.
Por um instante, vamos deixar de lado as evidências claras e inegáveis da existência de Deus. Se colocamos as posições do teísmo e do ateísmo/agnosticismo no mesmo nível, em qual delas faz mais “sentido” acreditar – levando em conta a possibilidade de vida após a morte? Se não há Deus, teístas e ateus/agnósticos simplesmente cessarão de existir quando morrerem. Se há um Deus, ateus e agnósticos terão Alguém a quem prestar contas quando morrerem. Deste ponto de vista, definitivamente faz mais “sentido” ser um teísta do que um ateu/agnóstico. Se nenhuma das posições pode ser provada ou deixar de ser provada, não parece mais sábio fazer todo o esforço necessário para acreditar na posição que poderá ter um resultado final infinita e eternamente mais desejável?
É normal ter dúvidas. Existem tantas coisas neste mundo que nós não entendemos. Com freqüência, as pessoas duvidam da existência de Deus porque elas não entendem ou concordam com as coisas que Ele faz e permite. No entanto, nós, como seres humanos finitos, não devemos esperar entender um Deus infinito. Romanos 11:33-34 exclama: “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro?” Nós devemos acreditar em Deus pela fé e confiar nos seus caminhos pela fé. Deus está pronto e com vontade de revelar a Si próprio de formas incríveis para aqueles que acreditam nele. Deuteronômio diz: “De lá, buscarás ao SENHOR, teu Deus, e o acharás, quando o buscares de todo o teu coração e de toda a tua alma.”

Após longa ausência, desculpamo-nos por isso, iniciamos agora postagens com o título "O QUE È...".

Após longa ausência, desculpamo-nos por isso, iniciamos agora postagens com o título "O QUE È...". Assim os leitores poderão fazer perguntas sobre os mais diversos temas ligados ao Espiritismo e a outras religiões. Esperamos que gostem e participem com suas perguntas. Saúde e paz a todos!!!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

O SONHO

Um dia eu andava tristonho,
Pelas ruelas da vida,
Buscava uma saída,
Que decifrasse meu sonho.


Sonhei que estava sozinho,
Na vastidão do infinito,
E me sentia aflito,
Como uma ave sem ninho.


Olhava nos quatro cantos
E não enxergava nada,
Apenas a longa estrada,
Umedecida de prantos.


Resolvi seguir por ela,
Só pra ver onde chegava,
E a angústia se agravava,
Naquela tarde singela.


Mesmo seguindo o caminho,
Hirto, garboso, bem forte,
Não encontrava o norte,
Continuava sozinho.


Soltei o meu raciocínio,
Pus-me a pensar preocupado,
Porque ninguém ao meu lado?
Onde estará meu fascínio?


Deve haver um motivo,
Pra solidão desse mundo.
Não se precisa ir fundo,
Para notar-se um cativo.








Os Homens são diferentes,
E isso afasta as vidas.
As alegrias? Contidas.
Os sentimentos? Dormentes.


Depois desta meditação,
Onde a angústia arrosta,
Pude achar a resposta,
De tamanha indagação.


O ser humano em caminho,
Deve ajudar seu irmão,
Essa é a real solução,
Pra quem se acha sozinho.

sexta-feira, 5 de março de 2010

VIOLÊNCIA SOCIAL E ESPIRITUALIDADE

“É por meio da renovação interior que o homem encontrará condições
de evitar ações violentas, que criam o ciclo vicioso que vivemos hoje”
Ultimamente, o que mais temos visto não só na mídia, mas ao nosso redor, é a tão temida violência. Ela está nos jornais, nas revistas, na televisão, no esporte, na política, nos filmes e até mesmo em programas infantis e desenhos, que, ao invés de estimularem a criatividade e o mundo de imaginação da criança, incentivam a guerra e a violência pessoal. Nossos filhos vivem essa agressividade televisiva e nós os deixamos envolvidos nesta situação, sem forças e, talvez, sem meios para afastá-los disso.
E não é só. Temos ainda a violência no campo rural, na fome, na mortalidade infantil, no trânsito, na prostituição adulta e infantil e até mesmo nos meios policiais. Entretanto, qual é a atitude que tomamos, como pessoas de bem, diante desse tema? Um café, uma bebida, um assunto qualquer, um afazer doméstico ou um compromisso social. Ou seja, não fazemos nada.
Mas quais são as causas desta violência? São muitas, porém, uma das principais é a exclusão social. Em um artigo intitulado "Causas da violência no Brasil", publicado na edição nº 10 da Revista Cristã de Espiritismo, o espírito chamado Calixto explica que "é por causa dela que, apesar da índole pacifista desta nação, vivemos hoje neste ambiente de violência e terror urbanos, porque uma parcela da sociedade somente se imagina buscando o que precisa vivendo à margem dela". E completa: "Estamos todos ainda no mesmo território e muitos precisam viver com as portas trancadas e andar cautelosos nas vias públicas. Esta é uma dívida coletiva e, para as vítimas fatais, comporta resgates individuais".
Sabemos que, pela Lei de Ação e Reação, todos somos devedores, mas que atitude devemos tomar? Será que devemos aceitar esta violência sem fazer nada, como se estivéssemos determinados a ela?
Vemos as pessoas cobrando os responsáveis por nossa segurança a todo instante, mas nunca fazendo um mea-culpa, para ver até onde vai nossa parcela de contribuição nesta violência. Afinal de contas, quase todo dia cometemos um ato violento, nem que seja através do pensamento ou da maledicência contra um irmão, além de buscarmos formas cada vez mais agressivas para acabar com a violência, como pena de morte, extermínio, tortura, cerceamento da liberdade em condições subumanas etc. Ou seja, criamos um ciclo vicioso de agressões.
No livro Após a Tempestade, psicografado por Divaldo Pereira Franco, Joanna de Ângelis afirma ser justo que o homem que cai nas malhas do crime seja cerceado do convívio social, para que possa se tratar e se corrigir, resgatando faltas cometidas através de processos compatíveis com as conquistas da civilização moderna. Mas Joanna lembra: "De forma alguma a pena de morte diminui a incidência da criminalidade. Ao contrário, torna-a mais violenta e selvagem. Se o Estado ceifa a vida de um cidadão, não tem o direito de exigir que outros a respeitem".

A renovação do homem
Como podemos ver, a violência está enraizada no ser humano, que a tem vivido e até mesmo cultivado através dos milênios. Não estamos falando aqui nada que a maioria das pessoas desconheça, apenas alertando para um problema que existe e é real. A solução passa por uma transformação, uma renovação do homem como forma de mudar a sociedade da qual ele é membro efetivo e atuante. "O homem iluminado interiormente pela flama cristã da certeza quanto à sobrevivência do espírito ao túmulo e de sua antecedência ao berço, sabendo-se herdeiro de si mesmo, modifica-se e muda o meio onde vive, transformando a comunidade. A vida humana resulta dos espíritos que a compõem", afirma Joanna de Ângelis em Após a Tempestade.
Assim, o ser humano se despoja do homem velho para dar lugar ao novo, a fim de renovar suas atitudes sociais e morais. A reencarnação é o meio adequado para esta renovação, pois, a cada vivência, o espírito evolui através de enganos e acertos. O mal é persistente, organizado e pungente, mas o bem o supera, pois ele é amor, lei natural e criação divina, ao passo que o mal é apenas um desvio temporário nos atalhos da evolução.
Portanto, todos nós, principalmente os espíritas, devemos nos unir para sempre buscarmos o bem, seja por meio de grupos de orações, evangelho no lar, sociedades envolvidas com a manutenção da paz ou eventos como a Cúpula do Milênio sobre a Paz, ocorrida em 2001, na qual diversos líderes religiosos e espirituais se juntaram para encampar um compromisso com o pacifismo global. "O homem supera a natureza desde o momento em que se torna capaz de se organizar em sociedade. Neste momento, deixa de ser o animal gregário das cavernas para adquirir uma nova natureza: um ser social", afirma José Herculano Pires em seu livro O Espírito e o Tempo.
A luta está aí e é necessário que façamos o "bom combate" com as armas do amor, a fim de alterarmos nosso padrão vibratório e, conseqüentemente, o do planeta Terra, que é o nosso lar. É uma luta minha, sua e de todos aqueles que acreditam em um mundo melhor, no qual o bem se sobreponha ao mal e que seja um local de regeneração. Nossa principal arma não é a violência, mas o evangelho de Jesus, pois é através dele que poderemos erradicar o mal da Terra um dia. Levará algum tempo para que isso ocorra? Com certeza, sim, mas não nos esqueçamos das palavras de André Luiz no livro Nosso Lar, psicografado por Chico Xavier: "Uma existência é um ato; um corpo, uma veste; um século, um dia; um serviço, uma experiência; um triunfo, uma aquisição; uma morte, um sopro renovador".

Artigo publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição 17.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

SÚPLICA DE PAZ

Senhor Deus, dai-nos a PAZ!
Esse sentimento bom,
Que nos faz viver bem conosco próprios,
E com nossos semelhantes.
Dai-nos Mestre, a PERSEVERANÇA,
Que nos faça, mesmo diante das dificuldades,
Não desistirmos de buscar a PAZ.
Conceda-nos Senhor a TRAQÜILIDADE,
Que nos deixe serenos, para o alcance da perseverança
Que nos conduzirá à PAZ.
Possibilite-nos Pai a CORAGEM,
Para, em face de todas as atribulações,
Ainda assim, procurarmos a tranqüilidade,
Que nos fará perseverar,
Na busca da PAZ.
Abastece-nos Deus com tua FORÇA.
De forma que não fraquejemos nunca,
Na busca da coragem para termos tranqüilidade,
De chegarmos à perseverança na procura da PAZ.
Sendo assim, ó Grande Arquiteto do Universo,
Precisamos do teu AMOR, sem o qual,
Não poderemos armazenar a força,
Imprescindível à coragem necessária,
Para termos tranqüilidade,
De perseverarmos,
Até o alcance da PAZ.
A tua PAZ!

Muita paz a todos!

sábado, 6 de fevereiro de 2010

A Fé

De todas as coisas que conheço,
Há uma que me deixa intrigado,
Talvez seja bem mais do que mereço
Saber o que tenho procurado.


Essa coisa é um sentimento humano,
Que parece ser mais forte do que é,
Dela imbuídos somos quase insanos,
Estou falando da bendita fé.


Em nome dela se faz cada loucura!
Quem sabe tudo que ela encerra?
Pra uns ela é o milagre de uma cura.
Pra outros a loucura de uma guerra.


Se temos fé tornamo-nos espelho
Para os vacilantes, errantes, enfim...
Contritos subiremos de joelhos,
Os degraus da escadaria do Bonfim.


Andaremos descalços mil léguas,
Se possível carregando uma cruz.
Nessa batalha não queremos trégua,
Pois a fé nos aproxima de Jesus.


Em Jesus devemos nos segurar.
É a fé que nos trás essa verdade.
Pois, confiantes que ele vai nos amparar,
Alcançaremos a real felicidade.


Repare que só falamos de amor.
Não justifica a fé destruidora
Que nos conduz seja lá pra onde for,
Instigando-nos à vazão devastadora.


Eu sei que há muita gente nessa terra,
Que jamais demonstra ser o que é.
Aproveitando sempre quando erra,
Para culpar a generosa fé.


Para nós, no entanto, a fé real,
A fé no sentido verdadeiro,
Não é a que nos leva para o mal,
Mas sim, a que nos une ao mundo inteiro.


Tenha fé meu amigo e vá em frente,
Acredite em todos os planos teus.
Pois, já terás conseguido realmente,
A aquiescência do generoso Deus.