quarta-feira, 7 de abril de 2010

O SONHO

Um dia eu andava tristonho,
Pelas ruelas da vida,
Buscava uma saída,
Que decifrasse meu sonho.


Sonhei que estava sozinho,
Na vastidão do infinito,
E me sentia aflito,
Como uma ave sem ninho.


Olhava nos quatro cantos
E não enxergava nada,
Apenas a longa estrada,
Umedecida de prantos.


Resolvi seguir por ela,
Só pra ver onde chegava,
E a angústia se agravava,
Naquela tarde singela.


Mesmo seguindo o caminho,
Hirto, garboso, bem forte,
Não encontrava o norte,
Continuava sozinho.


Soltei o meu raciocínio,
Pus-me a pensar preocupado,
Porque ninguém ao meu lado?
Onde estará meu fascínio?


Deve haver um motivo,
Pra solidão desse mundo.
Não se precisa ir fundo,
Para notar-se um cativo.








Os Homens são diferentes,
E isso afasta as vidas.
As alegrias? Contidas.
Os sentimentos? Dormentes.


Depois desta meditação,
Onde a angústia arrosta,
Pude achar a resposta,
De tamanha indagação.


O ser humano em caminho,
Deve ajudar seu irmão,
Essa é a real solução,
Pra quem se acha sozinho.