Meditei muito antes de postar esta mensagem e decidi que não iria deixar passar em branco este episódio. No dia 10 de julho, completou-se um ano de um fato que deu uma guinada em minha vida. Logo quando ocorreu e nos meses seguintes, tive um misto de sensações, revolta, indignação, conformismo, abandono de mim mesmo, e toda uma gama de formas de reações que culminaram com a constatação de uma verdade, a vida não circula ao redor do trabalho. Por graça de Deus, estou calcado em um alicerce forte que é a família e isso manteve-me com a consciência ativa. Mudei minha vida e hoje curso Direito e conduzo meus passos em outra direção. Compreendi perfeitamente que a Instituição à qual pertenço não é a culpada pelos desmandos praticados pelos pequenos homens que a dirigem mau. É uma Instituição sesquicentenária, digna e importante para o ordenamento da nação, que tem no seu papel social o maior legado desta importância, portanto , não deve se ressentir destes medíocres que, por qualquer motivo pessoal ou mesquinho, tentam abater aqueles que dedicaram sua vida inteira a servir ao povo baiano de forma integral, abdicando muitas vezes do convívio familiar em prol da servidão voluntária à manutenção da ordem pública e à segurança da comunidade baiana. A estes pequenos homens digo o seguinte: os senhores passam, e quando se forem, deixarão parta trás, naturalmente, aqueles que os aprovam e os que não, independente da proporção entre eles, o que deve preponderar é a consciência tranquila, porém, lembrem-se de que, embora leve, o jugo é inevitável, seremos inexoravelmente julgados pelos nossos atos. Os senhores conduzem esta centenária milícia de bravos como um pequeno feudo onde a meritocracia não passa de uma sombra deixada ao chão pelo agigantamento do prestígio aos bajuladores, mas, por mais incômodo que isto seja, a certeza de que os senhores passam permanece, e isso motiva este coração miliciano que, por suas formas mesquinhas de conduzir, há um ano deixou de bater, mas que será ressuscitado em breve.